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Autora: Lygia de Azeredo Campos
104 págs – Colorido – 16×23 cm
ISBN 978-65-85570-15-2
Adormeço. Mereço? é o único livro de Lygia de Azeredo Campos. Organizado por Augusto de Campos, seu companheiro por sete décadas, esta edição póstuma, que reúne 58 poemas, revela as qualidades de uma poeta fiel à grafia manuscrita e ao aspecto visual da arte de “transformar palavras sincopadas / em corpo sólido”. Com discrição, em recortes de papel, Lygia desenvolvia experiências poéticas partilhadas apenas no âmbito familiar. A partir da década de 1970, uma parte pequena desses poemas surgiu nas revistas de poesia experimental “Código” e “Artéria”, além de exposições. No epicentro da poesia concreta, sua sensibilidade integrava elementos verbivocovisuais a uma poética de referencial lírico. Nessa linhagem, são exemplares “adormeço. mereço?”, “amortecemeamor” e “ave útero memória”, sem esquecer o “poema-beijo para augusto” publicado pela “Código”. As motivações amorosas construíam imagens corporais. Temos um ponto elevado em “de repente sentir”, de 1974. Na obra de Augusto, esse amor maduro encontra resposta: as cores de “lygia fingers”. Aqui, a poesia de Lygia desperta.
Sobre a autora
Lygia de Azeredo Campos nasceu em 15 de junho de 1931, no Rio de Janeiro, Lygia estudou letras na UFRJ e acompanhou os debates críticos sobre poesia moderna, sempre sensível às vertentes vanguardistas despontadas nos suplementos culturais dos anos 1950 e 60. No Rio, aproximou Ronaldo Azeredo, seu irmão, do grupo Noigandres de São Paulo, encarnando um esboço pioneiro de diálogo entre poetas cariocas e paulistas. Casada com Augusto, em 1954, ela ajudou ainda a aglutinar jovens artistas e escritores em seu apartamento paulistano, núcleo de conversas de expoentes da tropicália, estudiosos, músicos e continuadores da aguerrida renovação cultural dos concretos. Aos 88 anos, estimulada por Augusto, o organizador do libreto, ela autorizou a edição de 13 poemas pela Galileu. Sem essa iniciativa, ela não conheceria, ainda em vida, a acolhida mais larga dos leitores. Lygia faleceu em 2024. Esta antologia de sua obra concisa e densa é quase toda inédita.