Antologia de poemas de Ronaldo Azeredo
Idealização: Augusto de Campos e Lygia de Azeredo Campos
Família Azeredo tornou possível esta edição
Caixa especial – 28x28x2 cm – 1kg
ISBN 978-65-995479-6-6
O poeta, pioneiro da poesia concreta, Ronaldo Azeredo (1937-2006), tem a proeza de ter uma produção rara: concisa em exemplares e extensa em biodiversidade. É como resume Augusto de Campos: “a diversificação de suas experiências, sempre imprevisíveis, e a raridade de suas intervenções são testemunho de seu radicalismo”. Assim, para sua obra intersemiótica, que partiu do pós-verso rumo à pós-palavra, antologia é sinônimo de desafio editorial e edição especial.
livROAZ, organizado por Augusto de Campos e Lygia de Azeredo Campos (cunhado e irmã de Ronaldo Azeredo), reúne, dentro de uma caixa-capa, todos os mais de 30 trabalhos de Ronaldo realizados entre 1954 e 2005. São poemas-livretos, poemas-folders, poemas-cartazes e poemas-objetos de variados formatos e acabamentos gráficos: impressões em offset, serigrafia sobre transparências, papéis e tecidos recortados a laser, puzzle, stencil, clichês de relevo e mais. Acompanha ainda, livreto com texto de Augusto de Campos, entrevista de Ronaldo para o cineasta Carlos Adriano e inédita descrição dos originais com créditos completos de todos os poemas-trabalhos.
site do projeto: http://ronaldoazeredo.com.br/
Sobre o autor
Ronaldo Azeredo (1937-2006), um dos pioneiros da Poesia Concreta (“o mais autêntico”, segundo Décio Pignatari), e o mais jovem dos poetas concretos do grupo Noigandres iniciou sua obra escrevendo poemas já sem versos. Na juventude, conheceu, por intermédio de sua irmã Lygia de Azeredo Campos (1931-2024), esposa do poeta Augusto de Campos (1931), as primeiras obras dos poetas concretos de São Paulo. Em 1956, aos 19 anos, participou com os poemas “A água” e “A e Z” da Exposição Nacional de Arte Concreta, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e, no ano seguinte, no prédio do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Na ocasião destas exposições foi lançado o terceiro número da revista Noigandres, do grupo de poetas homônimo, composto por Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Augusto de Campos e agora também por Ronaldo Azeredo e José Lino Grünewald. Em 1958, já no quarto número da revista Noigandres, Ronaldo publica os seus 3 poemas até hoje mais conhecidos, os minimalistas: “ruasol”, “oesteleste” e “velocidade”. Participou ainda da Antologia Noigandres de 1962, e, entre 1962 e 1967, contribui na revista Invenção, organizada pelo grupo concretista, com participação de outros poetas como Pedro Xisto (1901-1987) e Edgar Braga (1897-1985). Nas décadas seguintes, Ronaldo Azeredo continua, produziu poemas-mapa, poemas-quebra-cabeça e poemas-partituras (com Gilberto Mendes), poemas com tecido (Panagens, de 1975, com arte final de sua esposa Amedéa Azeredo) e realizou trabalhos em parceria com artistas diversos, como Julio Plaza, Hermelindo Fiaminghi, Luiz Sacciloto, Walter Silveira entre outros. Na década de 1970, frequentou o ateliê do artista plástico Alfredo Volpi (1896-1988), o maior financiador da obra independente de Ronaldo. Em 1985, o poeta Augusto de Campos publica o ensaio Resiste, Ro sobre a poesia de Ronaldo Azeredo, texto ao qual acrescentou dois post scriptum (2012 e 2016) e que pode ser lido completo na antologia livROAZ (2023).