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Autora: Rute Castro
Capa Dura - 16x23 cm - 76 págs
ISBN 978-85-66423-84-6
Há séculos perguntam-se aos poetas: para que serve a poesia? Muitos já responderam essa questão em entrevistas e não atribuem à poesia noções de utilidade. Outros, nunca a responderam, atendo-se ao seu ofício: escrever seus poemas sem se preocuparem que “dizer” ou comunicar é um incidente ocasional do poema. Um poeta não diz propriamente coisas; atribui uma luz nova no que a língua não ilumina. A palavra no poema é uma iluminura. Mas a poesia também não é um lugar da memória. É um corpo vivo que inventa a sua própria memória, agarra-se a um próprio tempo, contado nos versos. O tempo no poema é a sua própria duração. De certa maneira, não faz sentido falar “sobre” poesia. Não se responde uma pergunta dessas para entender o porquê de alguém ser poeta, ou se só alguns poderiam sê-lo. Rute Castro sabe que a poesia é “mais fiel aos sonhos, no sentido da possibilidade da desordem, mas que essa aparente desordem é, afinal de contas, outra linguagem feita do que se não mostra.” Para ela, não é o “entendimento” o que nos torna mais próximos, talvez seja a poesia a “respiração do que nos aproxima, quando derrubamos a aparente ordem das coisas para criarmos formas íntimas de dar uma cor mais fiel ao nosso sangue, desequilibrando as urgências da vida e percebermos a nós mesmos dentro dos olhos do Outro”. O silêncio torna-se assim numa voz forte; células juntando um novo corpo, traduzido no som que cresce na terra de cada poema.
Sobre a autora
Rute Castro nasceu em 1982, em Faro, Portugal. Estudou Língua e Cultura Portuguesa e Ciências da Cultura, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Aos catorze anos, recebeu das mãos da escritora Lídia Jorge o prêmio literário António Aleixo. Em 2012, foi finalista no concurso Novos Talentos de Literatura, promovido pela FNAC Portugal, com o conto Sobre os passos que matam. Em 2014, publicou o seu primeiro livro de poesia: O sangue das flores. É colaboradora de diversas revistas literárias em seu país. O som cardíaco com que me vive o silêncio foi publicado em Portugal, em 2019.