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Autor: Rubén Darío
Capa Dura – 16 X 23 cm – 140 págs
ISBN 978-85-63198-02-0

O nicaraguense Rubén Darío (1867-1916) é algo mais que um autor de grande destaque na literatura em língua espanhola: à força de leituras sucessivas, seu nome passou a designar um evento fundamental das letras hispano-americanas, e não raro se confunde, como alguns críticos têm observado, com o do próprio movimento artístico que tem em Azul… (1888) seu livro-símbolo — o modernismo. Para Octavio Paz, o lugar de Darío é central […], um ponto de partida ou de chegada. […] Ser ou não ser como ele: de ambas as maneiras Darío está presente no espírito dos poetas contemporâneos. E o fundador”. Em Azul…, tudo se organiza em nome de uma escritura artística, na expressão dos irmãos Goncourt: uma prosa de arte, afastada o quanto possível da linguagem jornalística que as demandas comerciais iam estabelecendo como o papel-moeda da comunicação escrita; e, no caso de Darío, afastada também dos clichés de um idioma anquilosado pela repetição servil de sua idade de ouro. Para Octavio Paz, a literatura em espanhol “tinha os músculos enrijecidos à força de solenidade e patetismo; com Rubén Darío o idioma se lança a andar”. Pode ser que, em relação aos contos de Azul…, o verbo “andar” soe curioso. Recorde-se a analogia de Paul Valéry: “andar” está para a prosa como “dançar” para a poesia. Pois bem; pode-se dizer que a prosa de AZUL… quase sempre dança, e muitas vezes não anda.  (André Fiorussi)

Sobre o autor
Rubén Darío (1867 – 1916) foi um poeta e prosador nicaraguense, iniciador e máximo representante do modernismo literário em língua espanhola. Possivelmente é o poeta que tem mantido a maior e mais duradoura influência na poesia do século XX no âmbito hispânico. É chamado de príncipe de las letras castellanas.